sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O bullying na lente



Uma das obras máximas do diretor Brian de Palma e um clássico absoluto do terror, "Carrie, a estranha" arrastou multidões aos cinemas em 1976. O filme também foi um dos primeiros a tratar como tema principal o hoje tão falado bullying, que é o constante sofrimento físico ou psicológico provocado à uma pessoa por outras.

Sissy Spacek dá vida à Carrie, e na cena inicial, no vestiário da escola, já podemos perceber o quanto sua personagem é humilhada pelas colegas. Spacek, em sua competente atuação, cria uma personagem com medo da própria sombra. Mas o termo "estranha" só se aplica de verdade, quando, em determinado momento do filme, sabemos que Carrie possui poderes paranormais, sendo capaz de mover objetos apenas com a força do pensamento.

A rotina da moça é cercada pela repressão. Ela mal acredita quando é convidada para ser o par de Tommy, um dos garotos mais populares de sua sala no baile de formatura. A príncipio ela não aceita, com medo de ser apenas mais uma brincadeira, e também por medo da mãe, que a repreende violentamente por qualquer coisa. Enfim, ela vai ao baile. A supresa é maior ainda quando ela e Tommy são eleitos o casal favorito da noite. No entanto, o filme, que parecia estar terminando bem, toma um desfecho bizarro e surpreendente.

O historiador de cinema João Carlos Camargo afirma que o longa foi marcante em sua vida. "O filme é, ao mesmo tempo, um espanto e um mistério", conta. Numa era em que o bullying está mais do que nunca em evidência, como objeto de estudos de psicólogos e sociólogos, "Carrie" continua provocando o mesmo impacto. "O sofrimento de Carrie é impressionante, bem como a ausência de seu círculo social.", diz João Carlos.

0 comentários:

Postar um comentário

 
;